Um pouco pela pressão que sofre, e pelas circunstâncias políticas, um tanto pelo que vê em algumas regiões do mundo, inclusive vizinhas, e muito pelo seu próprio convencimento, o presidente Lula perdeu a paciência com os obstáculos do Ibama às pesquisas para a exploração de petróleo na nossa Margem Equatorial.
Faz tempo que ele acompanha a evolução desse debate e os argumentos econômicos, ecológicos e sociais. E é isso que interessa, independentemente de qualquer pressão política, seja de que lado for.
Em um encontro recente para uma entrevista com a presidente da Petrobras, vi que o caminho já estava tomando forma. E com bons argumentos, sobre os quais não podem ficar dúvidas.
Primeiro: a tecnologia de exploração da Petrobrás evoluiu muito e já não polui como antes. Segundo: os recursos que virão desse petróleo serão fundamentais para a economia, a começar pelo que pode mudar na vida das populações pobres da região. E terceiro: a transição energética, já em curso, não é nada barata e pode ser financiada - veja só - pelo petróleo.