Mitre: a indignação e as reações à proposta de Donald Trump

Houve uma dúvida no início - se até o belicista primeiro-ministro Netanyahu não teria se assustado quando ouviu aquilo - mas o que é certo é que, diante da insólita declaração do presidente americano de controlar a Faixa de Gaza e tirar de lá seus habitantes, o mundo reagiu muito além do susto. 

As críticas, os protestos, a indignação, as reações baseadas nas leis internacionais e nos Direitos Humanos estão aí. E as avaliações - que tendem a buscar explicações na política interna de Israel e nos passos seguintes - têm, pelo menos, uma conclusão clara: é uma proposta, além de absurda, totalmente irreal. Como realizar na prática essa loucura? 

Vários analistas preferem a possibilidade de essa ideia ter sido colocada agora para sair depois como tática de negociação do governo israelense com outros países árabes. E o susto de Netanyahu figura aqui só como uma impressão inicial, superada logo pela saudação ao maior aliado-amigo de Israel. Pôr o bode e depois tirar. 

Mas nenhuma dessas hipóteses reduz a dimensão bestial dessa bandeira da limpeza étnica. E desse discurso inacreditável que agride - e assim foi julgado - os mais elementares valores humanos.

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