As comemorações e o clima em Brasília deste 7 de setembro compõem uma paisagem de pacificação, mensagem de união, bem diferente de anos anteriores. Os três poderes, lado a lado expressando relações dentro da normalidade e da tranquilidade constitucional, fortalecida pelo papel das Forças Armadas, como instituições de Estado, um valor democrático essencial e, muitas vezes, ignorado.
Esse quadro se apresentou como foi planejado, festa verde-amarela, com os objetivos desejados pelo governo e trabalhados junto aos comandos militares, missão desempenhada pelo ministro da Defesa. Com sucesso - e incluindo uma homenagem à história das Forças Armadas - num momento em que ainda há constrangimentos nos quartéis - quando militares são investigados, alguns presos, ligados aos atos criminosos do 8 de janeiro ou ao deprimente episódio das joias presenteadas ao ex-presidente Bolsonaro e investigação avançando.
Com tudo isso, o Dia da Independência marchou em Brasília com a bandeira da pacificação. E aí se junta a separação, cada vez mais clara, da imagem das Forças Armadas desses desvios de condutas criminosos de gente fardada e, principalmente, a separação entre as Forças Armadas e a política.
Sem manifestação política, o Dia da Independência virou festa cívica, como disse o comandante do Exército.