Fernando Mitre

Mitre: A proposta com regras para militares que querem ocupar cargo político

Fernando Mitre

Começou a carreira em Minas Gerais, onde passou por vários jornais, como “Correio de Minas” e “Diário de Minas”. Em São Paulo, integrou a equipe que criou o Jornal da Tarde, de o “Estado de S Paulo”. Dez anos depois, virou diretor de redação, posto que ocupou mais tarde, em duas outras oportunidades. Depois, assumiu a direção nacional de Jornalismo da Rede Bandeirantes, cargo que ocupa até hoje. Nesse período, produziu mais de 30 debates eleitorais, entre eles o primeiro presidencial da história do país na TV, em 89. É comentarista político no Jornal da Noite e entrevistador do programa político Canal Livre. Entre os diversos prêmios que recebeu, estão o Grande Prêmio da APCA, o Grande Prêmio do Clube de Criação de SP e três prêmios Comunique-se de “melhor diretor do ano”, valendo o título de “Mestre em Jornalismo”.

Despolitizar as Forças Armadas, separar os militares da Política. Essa ideia acompanha o governo e seu ministro da Defesa desde o primeiro dia.

Agora essa PEC chega como um passo positivo no longo, difícil e complexo capítulo. Que começou quando surgiu o Exército, no Império - surgiu politizado, embora só durante a Primeira República as Forças Armadas tenham se tornado, nas suas atitudes e ações, um poder, de fato, desestabilizador - como mostra o excelente livro "Forças Armadas e Política no Brasil", de José Murilo de Carvalho. 

Que, aliás, explica como boa parte da responsabilidade pela interferência dos militares na política pertence aos civis e seus interesses. A PEC foi discutida intensamente, teve um recuo e tanto permitindo ao militar da ativa poder ocupar ministério, mas mantendo o veto nas candidaturas. 

E agora a matéria vai ao Senado, onde também não faltará discussão. Mas a proposta em si, agora um tanto desidratada, já vinha amadurecendo com o apoio dos comandantes militares. E consenso dentro das Forças Armadas, que devem ser politicamente neutras.

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