Começou a carreira em Minas Gerais, onde passou por vários jornais, como “Correio de Minas” e “Diário de Minas”. Em São Paulo, integrou a equipe que criou o Jornal da Tarde, de o “Estado de S Paulo”. Dez anos depois, virou diretor de redação, posto que ocupou mais tarde, em duas outras oportunidades. Depois, assumiu a direção nacional de Jornalismo da Rede Bandeirantes, cargo que ocupa até hoje. Nesse período, produziu mais de 30 debates eleitorais, entre eles o primeiro presidencial da história do país na TV, em 89. É comentarista político no Jornal da Noite e entrevistador do programa político Canal Livre. Entre os diversos prêmios que recebeu, estão o Grande Prêmio da APCA, o Grande Prêmio do Clube de Criação de SP e três prêmios Comunique-se de “melhor diretor do ano”, valendo o título de “Mestre em Jornalismo”.
A cadeirada do candidato Datena, em tudo condenável, como ele mesmo reconhece, contra o adversário Pablo Marçal e suas provocações, ganhou de longe o grande destaque do debate desse domingo.
E quem perdeu? Perdeu a Política. Perdeu o público interessado nas propostas para resolver os problemas, cada vez mais graves, de uma cidade com a complexidade de São Paulo. O saldo até agora dos debates já realizados é mais do que insatisfatório, é frustração crescente.
Um déficit de conteúdo, que só se aprofunda, cada vez que um candidato chega perto de outro. Com poucos momentos de exceção. As regras desses debates podem ser aperfeiçoadas, a estrutura melhorada, mais possibilidades de mostrar qualidade podem ser oferecidas aos candidatos, mas há um ponto que não muda: o jogo é de quem está em campo.
Não há regra, por melhor que seja, que tenha, por si mesma, condições de garantir os conteúdos programáticos de um debate. Isso é com os candidatos. Embora pareça que não é.