Mitre: as mudanças nas relações de trabalho entre os governos Lula

Quando o presidente Lula tomou posse para o seu primeiro mandato, em 2002, vindo de uma inovadora liderança sindical, 72% dos trabalhadores tinham carteira assinada. 

No dia da solenidade de sua posse para o terceiro mandato, a porcentagem tinha caído para 48%. A primeira razão para isso salta aos olhos: mudaram profundamente as condições e as relações de trabalho. 

É óbvia a pergunta: e o discurso do ex-líder sindical e do seu governo tem acompanhado as mudanças? 

Lula demorou, mas dá sinais de que vem captando o novo comportamento de vários setores de trabalhadores. A expectativa é de que ele avance mais. O empreendedorismo está aí, crescendo com a tecnologia da informação, os aplicativos. Embora uma ala mais radical do PT continue com o mesmo discurso. 

Nesta eleição, essa visão - entre outras razões - claramente prejudicou o partido. É só ver o resultado do primeiro turno.

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