Mitre: do discurso às ações necessárias na segurança pública do Brasil

O combate à criminalidade e à violência, tema que vem crescendo nas campanhas eleitorais e na sociedade de modo geral - e vai crescer muito neste ano - deixou de ser assunto apenas dos governos estaduais, como foi durante muito tempo, e passou a ser cobrado também da União e dos municípios. Como tem que ser. 

Agora está aí de corpo inteiro na disposição demonstrada pelo novo ministro da Justiça e pelo presidente Lula. É o foco obviamente certo e este é um desafio de todos. 

Eu me lembro de uma última entrevista com o então presidente FHC, no final do último mandato, quando ele disse que tinha cuidado da inflação, mas que os próximos presidentes teriam que enfrentar a criminalidade, com grande vigor. Isso já era claro, embora o crime organizado e a violência estivessem longe do que atingiram depois. Não dá mais para continuar perdendo essa guerra. 

O que se espera de Brasília, além do discurso correto, é uma política - na verdade, uma dura luta - coordenando as forças do país, a começar pela prometida integração de ações e inteligências dos Estados - o que significa uma importante e nada fácil articulação política inicial comandada pelo governo federal. 

O crime se organizou, se aperfeiçoou, infiltrou-se em áreas do setor público, evoluiu, se expandiu inclusive para o exterior. O combate a ele, na prática, não pode deixar por menos.

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