O Exército brasileiro, que cresce na história em 1889, dando o golpe da Proclamação da República, mostra força no período do tenentismo, nos anos 20, organiza-se numa ideologia corporativa com Góis Monteiro, por volta de 37, no Estado Novo, vira o jogo e derruba Getúlio em 45, que depois, em 54, é levado ao suicídio, tenta, no ano seguinte, sem sucesso e dividido, impedir a posse de JK. E, finalmente, derruba Jango em 64, garantindo 20 e tantos anos de ditadura.
Esse Exército agora, quando um ex-presidente, militar da reserva, é processado por tentativa de golpe, não quer deixar nenhuma dúvida. Nossas Forças Armadas, não só colaboraram com as investigações, como esperam a hora de ver o caso julgado e encerrado, dentro do devido processo legal, com o pleno direito de defesa e completada a fase do contraditório, com o necessário rigor técnico.
E página virada. Tudo dentro da perspectiva democrática, como hoje defendem as Forças Armadas, atuando como tem que ser: acima de governos, sem pressões políticas, como instituição de Estado, e a serviço de que? Da Constituição e do país.