Ignorando conselhos de aliados, que queriam alguém do Centrão articulando a relação do governo com o Congresso, o presidente aposta num nome, que, como se sabia, provocaria reações e muitas dentro e fora do PT.
Como acontece agora, depois da escolha de Gleisi Hoffman, presidente do partido, aliás uma crítica permanente do ministro Haddad. Lula vai buscar algum equilíbrio compensando o Centrão com a liderança do governo? Ou fica tudo isso com o PT?
São possibilidades que estão aí, com outras, como a de dar a Arthur Lira o ministério da Agricultura. Ou a de não deixar fora do governo o ex-presidente do Senado, Rodrigo Pacheco. Vamos ver o que vem.
E como será o diálogo de Gleisi Hoffmann com o Congresso, uma relação que, nas circunstâncias de hoje, nunca foi tão difícil, já que o Congresso nunca foi tão poderoso. Mas Gleisi começa com uma vantagem que o antecessor, Alexandre Padilha, não tinha: a boa vontade e o apoio declarado do presidente da Câmara. E também o do Senado.
