A presidência da CPMI na mão de um deputado que toque os trabalhos de maneira imparcial e objetiva, tendo como relator um nome claramente governista é o que o governo deseja. Governo que bobeou no começo e devia ter apoiado essa CPI antes. Seria mais fácil organizar o time e os apoios.
As boas relações com o presidente da Câmara, Arthur Lira, são fundamentais em tudo isso. A oposição, que está em minoria, também se mexe. Vamos ver.
Outro ponto importante é a votação do arcabouço fiscal, prevista para o dia 10 ou perto disso. Fundamental para destravar a economia.
E a dúvida e o desafio do governo estão aí: não deixar que os tumultos previsíveis num clima de CPMI, como essa dos atos criminosos de janeiro, afetem ou prejudiquem a movimentação do Congresso em torno de matérias importantes. E pode-se incluir aí a espera da reforma tributária.
Outro desafio. E põe desafio nisso, já que não se trata de maioria simples para aprovação, como no caso do arcabouço fiscal, mas dos 308 votos, maioria qualificada que o governo ainda tem que construir.