O presidente Lula mudando de assunto — em vez de gastar seu tempo atacando o Banco Central, o que atrapalha mais do que ajuda, ou adianta muito pouco, ou nada, e falar da produção de comida e da responsabilidade fiscal — é muito melhor para o país. E para ele.
O Plano Safra, o maior da história, com mais 80 por cento atendendo os médios e os grandes produtores e o agro exportador — 400 bilhões — e menos de 20 por cento para agricultura familiar — 76 bilhões — pode ser entendido como um equilíbrio necessário.
Os representantes do Agro querem mais, o que é legítimo e é do jogo. Mas a relação do setor com o governo — sem declarações abertas nesse sentido — vem melhorando. Pelo menos, o ministro da Agricultura conta com isso. Quanto ao presidente, o que tivemos ou temos agora é uma boa melhora de discurso e de atitude — avaliada assim na área de seus apoiadores, e, claro, também no governo. Fora, em outros setores e no mercado, é óbvio.