Se chegar um recurso ao Supremo - e a possibilidade é grande - a resposta óbvia é que a PEC aprovada no Senado será considerada inconstitucional. Nos discursos do presidente do Supremo Tribunal Federal, Luis Roberto Barroso, e no outro, mais contundente, do ministro Gilmar Mendes, sobram sinais sobre como a maioria do colegiado se manifestará, nesse caso. Sem falar em outros sinais dados em conversas de vários ministros.
O voto do líder do Governo, Jacques Wagner, a favor da PEC, surpreendeu e, obviamente, produziu um mal-estar na área do Supremo e acabou deixando uma preocupação grande no governo. Mais ainda diante da reação - grave e dramática dos ministros.
O líder, aliás, já declarou que não quis afrontar a suprema corte, ao votar a favor da matéria, que, tecnicamente, é clara - como insistiu o presidente do Senado, nesta quinta-feira, ao voltar a defender a PEC.
Ele protestou contra a politização do assunto, respondendo às reações indignadas do Supremo. "Não aceito agressões do Supremo", ele disse. Vamos ver.
O problema é que tudo está politizado e o clima muito pesado e complicado. Este será o tema do Canal Livre, neste domingo, entrevistando o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco.