O ministro Haddad, se confrontando com a ala que podemos chamar de populista do governo, queria anunciar os cortes visando ao ajuste fiscal sem acompanhamentos ou compensações. Perdeu e perdeu feio. A reação do chamado mercado e adjacências - não só o mercado - fala por si só.
O dólar disparou, as perspectivas para aumento de juros pioraram e ainda com o peso da crítica - entre outros - de que o corte é insuficiente. É claro que uma medida, como a importante isenção de imposto de renda, poderia ser anunciada depois, já que é até promessa de campanha.
Anunciar medidas duras e necessárias faz parte da história de qualquer governo. E não é tão difícil entender isso.
Tentar amenizar o que é impopular com boas notícias ou decisões compensatórias soa demagógico e pode neutralizar ou prejudicar muito os efeitos das medidas necessárias. E isso é elementar. Ridículo dar um texto de marqueteiro para o ministro ler em rede nacional.