Mitre: o papel legalista das Forças Armadas

Os novos áudios da investigação da denunciada tentativa de golpe vão confirmando o que vem se tornando claro, desde as primeiras informações do trabalho da Polícia Federal, e agora apresentado, com os detalhes, no texto da denúncia enviado pelo PGR ao Supremo Tribunal. 

Em vários momentos do texto, que devem ser avaliados no seu conjunto, o comportamento de comandantes militares, como o general Freire Gomes e o brigadeiro Baptista Júnior, já inviabilizava qualquer plano, por mais bem urdido que fosse - para derrubar o resultado das urnas e agredir a democracia com um Estado de Exceção. Sem esse apoio das Forças Armadas, é óbvio que morreria qualquer tentativa de golpe. 

E é com tudo isso muito claro que começará a fase do contraditório, com pleno direito de defesa, deste julgamento que estará entre os mais importantes da nossa história. Seguramente o mais importante sob a atual Constituição. Nos quartéis do Brasil, predomina a atmosfera que dá continuidade à posição daqueles comandantes. 

O fundamental - dizem os sinais de lá - é que, cumpridas com rigor todas as fases do processo legal, que a Justiça, no final, seja feita e a democracia, não só preservada, como valorizada e sempre defendida.

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