Desde o primeiro debate dos candidatos à presidência, na Band, no início do primeiro turno, a pergunta já havia sendo feita: de onde retirar o Auxílio de R$ 600 que não constava no orçamento.
No primeiro debate do segundo turno, também na Band, a pergunta foi repetida, para Lula e Bolsonaro, sem respostas satisfatórias. Agora está aí, a resposta óbvia: já que não tem dinheiro, para esta despesa e outras do gênero, deve sair nessa PEC da transição, que fura o teto. Ou então, como propõe o presidente do Senado, em um crédito extraordinário. Será? Aí seria medida provisória. Isso ainda está sendo pensado e/ou negociado com setores do Congresso.
É uma excepcionalidade? Claro que é, ou tem que ser. Mas que deve ser acompanhada com a disposição do novo governo de cortar gastos. Henrique Meirelles, que estava no governo Lula e está com ele agora, mostra o que tem o que cortar. Como gastos previstos para projetos que perderam sentido, um exemplo é aquele trem-bala, só um exemplo.
O fato é que se as promessas de campanha precisam ser cumprida e precisam, com critérios é claro, a disciplina fiscal, mesmo com liberdades agora, tem de ser preservada com rigor. Sob penas de termos de enfrentar, como o país sabe e já sentiu, um problema mais grave, muito mais grave lá na frente.