Mitre: panos quentes na relação do governo com o Congresso

Fernando Mitre

Começou a carreira em Minas Gerais, onde passou por vários jornais, como “Correio de Minas” e “Diário de Minas”. Em São Paulo, integrou a equipe que criou o Jornal da Tarde, de o “Estado de S Paulo”. Dez anos depois, virou diretor de redação, posto que ocupou mais tarde, em duas outras oportunidades. Depois, assumiu a direção nacional de Jornalismo da Rede Bandeirantes, cargo que ocupa até hoje. Nesse período, produziu mais de 30 debates eleitorais, entre eles o primeiro presidencial da história do país na TV, em 89. É comentarista político no Jornal da Noite e entrevistador do programa político Canal Livre. Entre os diversos prêmios que recebeu, estão o Grande Prêmio da APCA, o Grande Prêmio do Clube de Criação de SP e três prêmios Comunique-se de “melhor diretor do ano”, valendo o título de “Mestre em Jornalismo”.

A expectativa de pautas bomba na Câmara - que seriam acionadas pelo presidente Arthur Lira, preocupando e muito o governo - esteve intensa no começo da semana, mas foi perdendo força. O ambiente de negociação política vem amenizando as previsões. 

Lula vai se encontrar com Lira e com o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco - que, aliás, sempre pareceu ao governo um interlocutor mais tranquilo, mas acabou detonando a bomba mais perigosa: a tal PEC do Quinquênio que, aliás, ao longo de um ano, foi recebendo acréscimos, lá no Senado, até chegar aos 42 bilhões. Só aí é que veio o susto. 

A expectativa do governo agora é que se volte atrás nessa matéria. Já está bem adiantado nisso. Enfim, as negociações políticas devem acalmar, na próxima semana, o ambiente no Congresso, que andou quente e perigoso para as contas do governo. Pode ser uma semana mais voltada para entendimentos. Vamos ver.