Mitre: posições dos ex-comandantes a frente a tentativa de golpe

O ex-comandante do Exército, Freire Gomes, que ameaçou Bolsonaro de prisão, segundo depoimento do ex-comandante da Aeronáutica, já reagia, antes disso, com a discrição necessária, contra qualquer tentativa de golpe, enquanto evoluíam conspirações e conluios no Planalto. 

Chegou a fazer reuniões com os generais do Alto Comando, defendendo a legalidade e pregando que o Exército não entraria em nenhuma aventura. Essa resistência, que ficou clara durante as investigações e confirmada pelos depoimentos no inquérito, agora liberados, já era convicção predominando nos quartéis. 

Há alguns dias, numa conversa privada, o atual comandante do Exército, General Tomás Paiva, disse que "um golpe seria inexequível". Ele mesmo, logo depois da eleição - quando, segundo as investigações da PF, as articulações golpistas eram intensas - ele, o general Tomás, fez um discurso enérgico contra o golpe. 

Desde a troca de comandos por Bolsonaro, em 2021, as Forças Armadas vinham sendo testadas - é o que as investigações mostram - e o resultado, o resultado está aí. São e agiram - como devem agir - como instituições de Estado.

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