Mitre: Trump, Lula e a diplomacia brasileira

A lista de medidas e posições anunciadas pelo presidente Trump, que pode impactar o Brasil, tem significado suficiente para que se possa afirmar que aí está o maior desafio diplomático do governo Lula.

Vai desde a COP-30 sem o presidente americano, até as taxações de produtos ou a expulsão de imigrantes ilegais, já que existem 230 mil brasileiros nessa situação, além de outras questões, como o problema com os Brics, e a lista continua. 

Lula bem que podia ter pulado aquela declaração infeliz a favor de Kamala Harris, na campanha, mas já está superando isso nas suas primeiras reações ao resultado da eleição, até minimizando a declaração de Trump de que o Brasil precisa mais dos EUA do que o contrário.  

Agora é focar nos interesses dos países em relações objetivas e pragmáticas - como propõem a boa diplomacia e a  tradição de competência do Itamaraty. Ideologia não tem nada a ver com isso, como comprovaram os tempos em que Lula se entendia, e muito bem, com o "companheiro Bush". E, afinal, trata-se do primeiro país a reconhecer o Brasil independente em  1824.

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