A capital começou a semana com 229 pacientes aguardando uma vaga pela Central Metropolitana de Leitos de Curitiba. Somado à demanda da Regulação do Estado, o número chega a 616 pessoas na fila de espera pelo internamento. As informações são do Cleverson Bravo, da BandNews FM.
São os maiores índices registrados no Paraná, desde o início da pandemia. O estado chega a março com 3.650 moradores internados e 92% dos leitos de UTI ocupados. O cenário é mais crítico na macrorregião Oeste, que tem ocupação de 97% das unidades de terapia intensiva.
Conforme o número atualizado pela Diretoria de Gestão em Saúde, no domingo (28) de manhã, dos doze hospitais com leitos de UTI do SUS dedicados ao coronavírus, dez não tinham mais vagas na macrorregião Oeste.
O Governo do Estado anunciou, nesta segunda-feira (01), que tinha ativado mais 55 leitos de UTI e 93 de enfermaria. São esperadas outras 97 estruturas nos próximos dias, com 54 delas como leitos de UTI.
O presidente da Associação dos Municípios do Paraná, Darlan Scalco, defende as medidas restritivas dos serviços não essenciais para conter a pandemia.
“Nós pautamos pelo equilíbrio porque os dois são importantes tanto a vida quanto a economia. Só que quando a gente pauta pelo equilíbrio e chega um momento desse, da vida e da saúde estar em desequilíbrio, então não podemos tomar decisão pela popularidade política”, disse.
A Associação dos Municípios afirma que apenas nove prefeituras, das trezentas e 99 cidades, não adotaram as restrições decretadas pelo Governo do Paraná, sexta-feira (26). Um município aderiu às medidas de forma parcial.
A semana passada foi a segunda com mais casos acumulados no Paraná, desde o começo de dezembro. O estado somou mais de 27 mil contaminados em sete dias. O boletim da Secretaria Estadual da Saúde, desta segunda-feira (01), trouxe mais 17 mortes. Os óbitos foram registrados nos últimos seis dias.
O Paraná acumula mais de 11.500 vítimas da Covid-19. Foram contabilizados ainda 3.196 novos infectados. O estado tem 645.600 casos confirmados.
“Acho que está claro o número dos leitos e são medidas mais duras e onde os prefeitos entenderam e o governo fez o decreto, a maioria entendeu que é um momento muito crítico”, disse.
A média móvel de casos sofreu acréscimo de mais de 48%, no Paraná, em relação há 14 dias. A média móvel de mortes recuou 14% na comparação com duas semanas atrás, aqui no estado. Dos mais de 3.600 pacientes internados, cerca de dois mil ainda aguardam os resultados de exames. Eles fazem parte dos 16.300 casos em análise.
