Com nova bandeira verde, conta de luz seguirá sem cobrança adicional em junho

Cenário se mantém inalterado desde abril de 2022. Sinalização indica condições favoráveis de geração de energia

Da redação

Com nova bandeira verde, conta de luz seguirá sem cobrança adicional em junho
Conta de luz seguirá sem tarifa adicional
Marcello Casal/Agência Brasil

A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) anunciou nesta sexta-feira (26) que vai manter a bandeira tarifária ver, sem complemento da tarifa, no mês de junho. A sinalização, que indica condições favoráveis de geração de energia, é válida para todos os consumidores à malha de transmissão de energia que cobre quase todo o território brasileiro. 

Com isso, os consumidores completam o primeiro semestre do ano sem a cobrança do adicional na conta de luz. Esse cenário permanece inalterado desde abril de 2022. 

A Aneel considera bastante provável o acionamento da bandeira verde para todo o ano de 2023. 

A bandeira verde, válida para todos os consumidores do Sistema Interligado Nacional (SIN), reflete a melhoria dos níveis dos reservatórios das hidrelétricas, beneficiados com o período de chuvas. O SIN é a malha de linhas de transmissão de energia elétrica que conecta as usinas aos consumidores. 

Bandeiras

Criadas em 2015 pela Aneel, as bandeiras tarifárias refletem os custos variáveis da geração de energia elétrica. Divididas em níveis, as bandeiras indicam quanto está custando para o SIN gerar a energia usada nas casas, em estabelecimentos comerciais e nas indústrias.

Quando a conta de luz é calculada pela bandeira verde, não há nenhum acréscimo. Quando são aplicadas as bandeiras vermelha ou amarela, a conta sofre acréscimos, que variam de R$ 2,989 (amarela) a R$ 9,795 (vermelha patamar 2) a cada 100 quilowatts-hora (kWh) consumidos. Quando a bandeira de escassez hídrica vigorou, de setembro de 2021 a 15 de abril de 2022, o consumidor pagava R$ 14,20 extras a cada 100 kWh.

O Sistema Interligado Nacional é dividido em quatro subsistemas: Sudeste/Centro-Oeste, Sul, Nordeste e Norte. Praticamente todo o país é coberto pelo SIN. A exceção são algumas partes de estados da Região Norte e de Mato Grosso, além de todo o estado de Roraima.

Atualmente, há 212 localidades isoladas do SIN, nas quais o consumo é baixo e representa menos de 1% da carga total do país. A demanda por energia nessas regiões é suprida, principalmente, por térmicas a óleo diesel.

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