Aumento na produção de carne de porco e previsão de recorde na colheita de grãos. São os bons números do agronegócio no Brasil. A carne suína brasileira ganhou espaço nos mercados interno e externo. No último trimestre do ano passado, o Brasil abateu mais de 12 milhões de suínos, 1,6% mais que em 2019, segundo o IBGE divulgou nesta quinta-feira (11).
Um dos motivos é a fome dos países asiáticos pelo produto brasileiro, depois de terem as criações dizimadas pela peste africana. O outro é o preço mais acessível da carne suína.
“Com a elevação dos preços da carne bovina no mundo todo, a carne suína acaba entrando no cardápio de muitas populações, principalmente populações mais carentes”, analisou o economista da PUCRS, Gustavo de Moraes.
O abate de frangos cresceu 5,5%. Entre outubro e dezembro, foram mais de 1,5 bilhão de aves.
A agricultura, que também vem de bons resultados, deve ter um novo recorde de produção de grãos. A projeção do IBGE é de uma colheita de 262,2 milhões de toneladas, um aumento de 3% em comparação com 2020.
A estimativa é que sejam colhidos quase 67 milhões de hectares de lavouras. A soja, o milho e o arroz são os principais produtos. O mercado interno deve continuar sofrendo os efeitos do dólar alto, que favorece as exportações.
“O produto brasileiro, que já é reconhecido como de qualidade, ele também agora encontra uma receptividade por ser barato”, finaliza o economista.