Durante o massacre do Hamas em Israel, em 7 de outubro, o general reformado Yair Golan partiu sozinho para o combate. Salvou vários jovens que estavam no festival de música no Neguev, em que muitos morreram. Ele venceu agora as eleições para o Partido Trabalhista com 95,15% dos votos, com a promessa de unificar as esquerdas para as próximas eleições em Israel.
O Partido Trabalhista (HaAvoda, em hebraico) dominou Israel até 1977, quando o Likud, com Menachem Beguin, chegou ao poder pela primeira vez. Teve primeiros-ministros de destaque, como Levi Eshkol, Golda Meir, Yitzhak Rabin, Shimon Peres e Ehud Barak. E foi criado pela fusão do Mapai, socialista democrático, fundado pelo primeiro primeiro-ministro de Israel, David Ben-Gurion.
Com 61 anos, Golan surge como esperança dos trabalhistas para recuperar o poder e dar uma guinada no longo trajeto à direita de Israel, num momento de insatisfação popular contra o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, o país paralisado pela guerra de oito meses em Gaza, impasse nas negociações para a libertação dos reféns capturados pelo Hamas, em julgamento por “genocídio” pela Tribunal de Justiça da ONU, as relações com o aliado Estados Unidos em perigo e sob condenação internacional.