Haja criatividade. Na zona leste, você pega a "nave mãe", passa por "tantos caminhos" e chega na "ouro em pó". Todos nomes de música. Pode ter rua "sem história, sem destino", só não pode faltar nome.
A rua Borboletas Psicodélicas fica na região do bairro Jabaquara, na capital paulista. É simples, apenas uma quadra e tem uma ladeira. Mas garante risadas quando seus moradores têm que dar o endereço.
“A pessoa fica com uma cara de estranheza e riso. Fala: borboletas psicodélicas?”, afirmou uma moradora.
"Borboletas Psicodélicas" é o nome do terceiro movimento de uma música para piano que nem é famosa: "Pour Martina", do compositor Henrique de Curitiba.
O Arquivo Histórico Municipal de São Paulo, no núcleo de memória urbana, é onde se mantém um acervo com a história de todas as ruas da cidade.
São quase 50 mil logradouros. E 70% das denominações são nomes. Cada ficha corresponde a uma rua, e tudo isso está disponível na internet.
“Dentre outras coisas, a lei também permite nomes de animais, nomes de vegetação, nomes ao reino mineral e também nomes de homenagens a obras artísticas”, disse Gabriela Almeida, coordenadora do Núcleo de Memória Urbana.
Se dependesse só do Rodrigo, que passa por dezenas de ruas todo dia, estava fácil de escolher.
Pergunto: se você pudesse escolher um nome, qual seria?
E ele respondeu: o meu, Rodrigo!