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Coordenador da Pfizer diz que temperatura não impede distribuição da vacina no Brasil

Da Redação, com BandNews FM

Cristiano Zerbini, coordenador dos estudos da Pfizer em São Paulo e diretor do Centro Paulista de Investigação Clínica,  BandNews FM
Cristiano Zerbini, coordenador dos estudos da Pfizer em São Paulo e diretor do Centro Paulista de Investigação Clínica,
BandNews FM

A temperatura de armazenamento da vacina da Pfizer não é um impedimento para a distribuição no Brasil. A explicação é do coordenador dos testes do imunizante em São Paulo e diretor do Centro Paulista de Investigação Clínica.

Em entrevista à BandNews FM, Cristiano Zerbini falou sobre a possibilidade de uso da vacina no Brasil, após o Reino Unido aprovar a aplicação emergencial.  Ele ressaltou o que foi feito na África com a vacina contra o Ebola, que era armazenada a -80ºC.

“Estão sendo feitos recipientes, de fácil transporte, que conseguem manter a vacina a -70ºC. Esse transporte pode ser feito até por uma ou duas semanas. E a vacina, depois, pode ser colocada no refrigerador por 5 a 6 dias”, afirmou.

De acordo com o pesquisador, seria possível concentrar os lotes em centros de distribuição na temperatura indicada e, posteriormente, enviar nos compartimentos especiais para os locais mais distantes, com tempo suficiente para conservação em refrigeradores e aplicação na população.

Para isso, será necessário uma boa logística e o SUS é especialista em planejamento de campanhas de imunização, segundo Cristiano Zerbini.

O coordenador dos testes da vacina da Pfizer também revelou que devem ser divulgados em breve os resultados dos testes da fase 3 do imunizante no Brasil, onde 2.284 voluntários participaram da pesquisa.

Questionado sobre a eficácia de 95%, o pesquisador disse que os anticorpos começam a ser desenvolvidos após a primeira aplicação, enquanto a segunda serve como reforço, com o máximo de imunidade após 28 dias da dose inicial.

Zerbini também destacou que o mais indicado é que quem teve coronavírus com sintomas leves receba o imunizante, já que é possível contrair o vírus e desenvolver uma baixa carga de resistência.

Por fim, o pesquisador ressaltou que testes futuros, que podem levar até dois anos, vão identificar o tempo de imunidade nas pessoas vacinadas.

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