Depois de pressão do Ministério Público, a Prefeitura de Catanduva, no interior de São Paulo, passou a adotar medidas mais restritivas contra a pandemia do novo coronavírus.
A Promotoria chegou a entrar na semana passada com uma ação contra o prefeito Padre Osvaldo de Oliveira (PSDB) por não declarar lockdown no município.
Catanduva enfrenta um colapso no sistema de saúde por causa do alto número de casos de Covid-19 e não há leitos de UTI disponíveis.
Em entrevista à rádio BandNews FM, Padre Osvaldo explicou que todo o serviço considerado não essencial está fechado, assim como o transporte público, bancos, lotéricas e escolas. O lockdown em Catanduva começou nesta terça-feira (15) e vai durar 15 dias.
Os supermercados, açougues, padarias, bares e restaurantes funcionam apenas por meio do serviço de entrega em casa. Já a venda de bebidas alcoólicas, por qualquer comércio, está proibida, inclusive por delivery.
“Nós estamos fazendo as medidas restritivas há tempos. Nós tivemos desde o feriado de Corpus Christi, medidas bem restritivas, multas pesadas para organizadores de eventos, para participantes desses eventos, e também para os proprietários dos imóveis onde estavam ocorrendo os eventos. Tivemos também multas, fiscalização intensiva no comércio, oficializamos comerciantes e os consumidores”, listou Padre Osvaldo.
“Nós estamos em lockdown, com as restrições máximas, para conter esse avanço, e ao mesmo tempo ajudar a população a superar esse momento difícil”, acrescentou.
Outras cidades da região também adotaram medidas mais restritivas para tentar conter a grande circulação do coronavírus.
Segundo o prefeito catanduvense, as reuniões familiares do Dia das Mães levaram a um aumento de casos de Covid-19 nas últimas semanas. A maioria dos contaminados no momento tem outros parentes também doentes.
Catanduva registra mais de 500 mortos por Covid-19 desde o início da pandemia. Somente na segunda-feira (14), foram 18 novas vítimas na cidade.