A Polícia Federal deflagrou, na manhã desta quarta-feira (24), uma operação contra suposta fraude em licitação de duas empresas responsáveis pelo fornecimento de camas de UTI, respirador e aparelhos de anestesia destinados ao Centro Municipal de Tratamento de Covid-19 em Imperatriz, segunda maior cidade do Maranhão.
A PF cumpriu nove mandados de busca e apreensão. Cerca de 40 policiais federais participaram das diligências. Os investigados podem responder por associação criminosa, corrupção passiva e ativa, fraude à licitação, peculato e omissão em prestação de contas eleitorais. As penas podem chegar a 36 anos de prisão.
A PF informou que, durante a investigação, foram constatadas irregularidades num processo de dispensa de licitação em 2020. Diligências indicaram que as empresas que participaram do certame pertenciam ao mesmo núcleo familiar residente em São Luís, capital do Maranhão.
As mesmas empresas, de acordo com a PF, se revezavam em diversos contratos com a Secretaria de Saúde de Imperatriz. Uma delas, inclusive, não apresenta qualquer tipo de funcionamento nem empregados cadastrados, o que, para as autoridades, aparenta ser fachada.
A ação da PF no Maranhão é um desdobramento da Operação Recôndito, deflagrada em março de 2021, com objetivo de investigar fraudes em licitações feitas em 2020 pela Secretaria Municipal de Saúde de Imperatriz.