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CPI da Covid aprova convocação de ex-mulher de Bolsonaro

Ela é citada em conversas do suposto lobista da Precisa Medicamentos, Marconny Albernaz Faria

Da Redação, com BandNews TV

A CPI da Covid aprovou nesta quarta-feira (15) a convocação de Ana Cristina Valle, ex-mulher do presidente Jair Bolsonaro (sem partido). O pedido foi apresentado por Alessandro Vieira (Cidadania-SE).

A data da oitiva ainda não está definida, mas deve encaixada na próxima semana de trabalhos da comissão no Senado.

Conhecida como Cristina Bolsonaro, ela teria ligações com, Marconny Albernaz Faria, o suposto lobista da Precisa Medicamentos, e Karina Kufa, advogada da família Bolsonaro. Após analisar mensagens, os senadores da comissão acusam os três de tráfico de influência na determinação de cargos diretivos dentro do governo federal por meio de pagamento de propina.

O lobista teria pedido à ex de Bolsonaro que intercedesse junto ao Palácio do Planalto para nomear um dos nomes da lista tríplice para a Defensoria Pública Geral Federal.

Documentos obtidos pela comissão mostram que o filho mais novo do presidente, Jair Renan Bolsonaro, abriu uma empresa de eventos com ajuda do lobista, a Bolsonaro Jr. Eventos e Mídia. 

Em depoimento, ele confirmou a informação e contou que depois de Jair Renan disse a que queria abrir a empresa, apenas o apresentou para um colega tributarista para auxiliar o filho do presidente. 

Marconny admitiu ter “relação de amizade” com o filho de Bolsonaro. Ele também disse que conhece Ana Cristina, mãe de Jair Renan, mas negou afirmou que não mantém negócios com nenhum dois, sendo a relação apenas de amizade - ele chegou a comemorar um aniversário em um dos camarotes do filho do presidente no estádio Mané Garrincha, em Brasília.

O advogado é apontado como suposto lobista da Precisa Medicamentos, empresa que intermediou e fecharia contrato suspeito para a aquisição da vacina indiana Covaxin pelo Ministério da Saúde. 

Questionado sobre a atuação da ex-mulher de Bolsonaro na indicação de cargos do governo, ele preferiu ficar em silêncio, postura que adotou em várias perguntas dos senadores, que se irritaram e cogitaram dar voz de prisão a ele.

No fim da sessão desta quarta, o relator da CPI, senador Renan Calheiros (MDB-AL), informou que Marconny Faria deixou de ser testemunha e entrou para a lista de investigados pela comissão.

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