A CPI da Pandemia, no Senado Federal, retoma os trabalhos nesta terça-feira (1º) com o depoimento da oncologista e imunologista Nise Yamaguchi. A médica, que também é presidente do Instituto Avanços em Medicina, defende o chamado “tratamento precoce” e o uso da cloroquina contra o coronavírus. Assista à sessão ao vivo no vídeo acima.
Yamaguchi foi chamada para depor após pedidos dos senadores Eduardo Girão (Podemos-CE), e Marcos Rogério (DEM-RO), que são aliados do presidente Jair Bolsonaro. Segundo o depoimento do presidente da Anvisa, Antônio Barra Torres, ela defendeu a mudança na bula do medicamento para haver a indicação ao tratamento da Covid-19.
Barra Torres disse que recusou a ideia e indicou, segundo os senadores da CPI, a existência de um gabinete paralelo de aconselhamento do presidente da República.
Ela foi apontada como possível ministra da Saúde após a queda de Luiz Henrique Mandetta e Nelson Teich. Ambos deixaram o governo reclamando da falta de apoio do presidente no combate à pandemia.
Nise Yamaguchi foi convidada a estar na comissão, e não convocada. Por isso, não é obrigada a comparecer à CPI nem em falar a verdade, como acontece no caso de convocação.
Outros requerimentos
A sessão pode votar também um requerimento para ouvir o presidente da CBF, Rogério Caboclo, para explicar a opção pelo Brasil em receber a Copa América 2021 após as desistências de Argentina e Colômbia. O torneio teria início em 13 de junho.
O vice-presidente da CPI, senador Randolfe Rodrigues, da Rede do Amapá, foi quem protocolou o pedido.
Nesta terça-feira (1°), também deve ser discutida o adiantamento do depoimento da médica Luana Araújo, que foi chamada para ser Secretária extraordinária de combate à Covid-19. A infectologista ficou 10 dias trabalhando no Ministério da Saúde, mas não assumiu o cargo porque foi reprovada pelo Palácio do Planalto. A médica foi uma indicação técnica e era contrária a cloroquina.