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Crianças sofrem com imunidade após volta às aulas presenciais

Hospitais apresentam aumento no número de casos de viroses após longo afastamento de alunos

Maiara Bastianello, do Bora SP

O abrandamento de medidas de restrição frente à pandemia do novo coronavírus tem mostrado um impacto na imunidade de crianças, que estão voltando a frequentar aulas presenciais.

É o caso de Enrico Silva, de 2 anos. Mal estreou na escolinha e ele já teve que voltar para casa. A doença mão-pé-boca pegou de jeito.

“A gente começou a reparar que começaram a nascer umas bolinhas perto da boca e na palma da mão dele. Mais no final do dia a gente percebeu que o pé também tinha muita bolinha”, contou William Silva, pai do menino.

Assim tem sido, especialmente com os menores de 5 anos, neste retorno. Quem tem filho já está acostumado: quando as crianças voltam para a escola depois de um período de férias, por exemplo, vem pela frente um período de resfriado ou doenças virais.

Agora, elas ficaram muito tempo longe da escola e dos colegas. Aí, não tem sistema imunológico que aguente. 

Mas o ciclo é natural entre as viroses. “Você tem duas formas de ficar imune a uma determinada doença. Ou ter a doença, fazer anticorpos contra ela, ou ser vacinado. A maior parte das viroses não têm vacina. Portanto, (a criança) só terá imunidade a partir do momento que tem a doença”, explicou o pediatra Fernando Fernandes.

O número de atendimentos em um hospital infantil municipal de São Paulo chegou 4.913, contra 1.547 de agosto de 2020.

“A gente vê um aumento do número de casos em relação a casos virais e mais doenças em crianças”, explicou Alessandra Geisler, gerente médica do hospital.

Para reforçar a imunidade, é importante ter atenção a dicas já conhecidas: alimentação saudável, bom sono, exercícios e tomar sol.

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