De vassourinha de Jânio a memes: veja a evolução das campanhas eleitorais no Brasil

Na década de 1960, “para varrer a corrupção”, Jânio Quadros transformou a vassourinha num símbolo eleitoral de sucesso

Da redação

De vassourinha de Jânio a memes: veja a evolução das campanhas eleitorais no Brasil
Vassourinha de Jânio Quadros fez sucesso nas eleições
Reprodução/Jornal da Band

Dos primórdios das campanhas políticas no Brasil até os dias atuais, jingles sempre marcaram as eleições. Na campanha de Getúlio Vargas, na disputa presidencial de 1950, por exemplo, a música o “Retrato do Velho” se destacou. Os refrãos dessa e de outras tantas canções, de vários outros candidatos, ficaram gravados na memória por gerações.

Os candidatos apostavam em ritmos que são a cara do Brasil. Na década de 1960, “para varrer a corrupção”, Jânio Quadros transformou a vassourinha num símbolo eleitoral.

Varre, varre, varre, varre vassourinha! Varre, varre a bandalheira, que o povo já está cansado de sofrer dessa maneira (jingle de Jânio Quadros)

Na linha do tempo, descobrimos a variedade de objetos usados nas campanhas, como os primeiros santinhos, jogo da memória, caixa de fósforo e o que mais se possa imaginar. Para defender a candidatura ligada ao Plano Real, um cofrinho. 

Toda essa história das campanhas eleitorais está guardada no acervo do colecionador Fernando França. 

“Têm caixas e caixas desse material aqui, que, para muita gente, é lixo. Para mim, é o maior documento histórico das eleições no Brasil. Por exemplo, no tempo do Carlos Lacerda, eles inovaram com o plástico na propaganda. No tempo do Juscelino Kubitschek, eles usavam muito a flâmula”, relembrou Fernando.

Os tempos mudaram. Das faixas e cartazes, a estratégia migrou para o palanque na palma da mão. Os políticos tentam conquistar o eleitorado, também, pelas redes sociais. O humor passou a fazer cada vez mais parte das campanhas.

“O humor sempre foi um veículo para você passar uma mensagem e ela se disseminar mais fácil. Então, isso se desloca para as redes e é amplificado nas redes, mas sempre existiu na política”, explicou a cientista política Mayara Goulart.

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