A tabela do Imposto de Renda vai completar 6 anos sem nenhuma correção, fazendo com que menos pessoas fiquem isentas da declaração. As informações são do Jornal da Band.
Enquanto alimentação, gás de cozinha e tantos outros itens do dia a dia ficam mais caros, o brasileiro paga, a cada ano, mais Imposto de Renda ao Governo. Isso porque a tabela do tributo não é corrigida de acordo com a inflação anual - a última correção foi em 2015, segundo levantamento do Sindicato de Auditores Fiscais (Sindfisco).
No acumulado dos últimos 24 anos, a defasagem é de 113%. Uma das consequências disso é que, com o passar do tempo, menos pessoas ficam isentas do imposto.
O Sindfisco calcula que, em 1996, o Imposto de Renda era cobrado de quem ganhava a partir de 9 salários mínimos. Atualmente, uma renda de menos de dois salários (1,7) já é tributada.
Se toda a defasagem fosse corrigida, a isenção, que hoje é pra quem ganha até R$ 1.903,98 por mês seria para quem tem renda a partir de R$ 4.022,89.
Para o economista Edval Landulfo, isso daria mais poder de consumo às pessoas com renda mais baixa.
“Colocaria de novo esse dinheiro na economia. O Governo tem de onde cortar algumas isenções que não são tão necessárias. Mas não pode continuar penalizando esse trabalhador, essa trabalhadora”, justificou.
A Receita Federal não quis comentar os resultados da pesquisa.