A Defesa Civil de São Paulo emitiu alerta severo para chuvas no início da tarde desta quinta-feira (10). A capital ficou em estado de atenção para alagamentos, assim como parte da região metropolitana, que também registrou queda de granizo. Em entrevista à BandNews TV, Maxwel de Souza, tenente porta-voz do órgão, explicou como funcionam os alertas e negou a existência de erro e demora no procedimento.
“Alerta não é previsão, é emergência. Nós enviamos o alerta sempre que a chuva está muito próxima de começar ou já começou. Como é a tomada de decisão? O CGE (Centro de Gerenciamento de Emergências Climáticas) monitora São Paulo com sete radares, que conseguem ler toda a cobertura do estado, e os meteorologistas vão observando o movimento e a intensidade da chuva. Quando ela escala de intensidade e pode atingir 50 milímetros em uma hora, o alerta severo é enviado. Às vezes isso se confirma, às vezes não”, disse.
O que acontece é que a chuva já começou e a pessoa tem a sensação de que a gente errou. Não erramos. O alerta não é para avisar ‘vai chover, leva um guarda-chuva’. É para dizer ‘está chovendo e vai ficar muito pior, então saia daí se estiver em área de risco e tome cuidado’.
O tenente pontuou ainda que os alertas têm validade de duas horas, período que as tempestades – tempestades de verão, mesmo no outono, segundo ele – costumam durar. Nos casos em que as chuvas superam os 50 mm em uma hora, o próximo alerta a ser enviado é o extremo.
“Lidamos com a dificuldade em monitorar, pela dimensão da capital; chove em um bairro e não em outro. Por isso nosso olhar é sempre esse, o coletivo, o todo. Pode desagradar um, virar ‘meme’ para um, mas salva a vida de outros. Vamos continuar mandando alerta e educando a população”, concluiu Maxwel.