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Demolição de prédio que pegou fogo no Centro de SP vai começar neste sábado

Assembleia de condôminos autorizou a demolição da estrutura destruída pelo incêndio na região da Rua 25 de Março

Da redação, com BandNews FM

O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), disse nesta quinta-feira (12) que a demolição do prédio destruído pelo incêndio na região da Rua 25 de Março, no Centro de São Paulo, vai começar neste sábado (16). A estrutura do edifício que fica na Rua Comendador Abdo Schahin está comprometida e a Prefeitura acha prudente demoli-la o quanto antes.

A demolição foi autorizada por uma assembleia de condôminos do prédio realizada na noite desta quarta-feira (13). Desta forma, a Prefeitura não vai precisar de autorização judicial para demolir. O edifício ainda corre o risco de desabar. 

"A gente não pode perder tempo, principalmente pelos riscos do prédio cair e dos inconvenientes que estão sendo causados pela interdição da rua", disse Nunes em entrevista coletiva.

A análise dos dados coletados nas vistorias apontou que a estrutura está estabilizada após o término do combate às chamas, embora ainda haja o risco de desabamentos pontuais.

Para a segurança da operação, a prefeitura informou que o perímetro do edifício será isolado com tapumes e a estrutura será coberta por telas. O local passará por uma “limpeza” e haverá o escoramento de toda a estrutura entre os andares. 

A contratação da empresa responsável pela demolição está em andamento - prazo e o investimento serão estabelecidos no decorrer das ações por se tratar de um serviço emergencial. Os donos do edifício concordaram em assumir os custos da obra, segundo a gestão municipal. Ficou definido que a prefeitura providenciará a demolição e depois irá solicitar o ressarcimento dessas despesas.

Cerca de 27 mil trabalhadores são afetados pelo incêndio que provocou o fechamento de lojas na região da rua 25 de Março. Cerca de 3 mil estabelecimentos não podem abrir as portas por causa do risco de desabamento do um dos prédios atingidos pelo fogo no último domingo. O número representa 66% do total de lojas do principal polo de comércio popular do Brasil. 

Sem prazo para liberação, os comerciantes da região cobram da prefeitura uma transparência na condução das decisões. 

 A diretora executiva da União dos lojistas da Rua 25 de Março, Claudia Urias, cobra que a definição de prazos concretos pode permitir um plano de crise para os comerciantes, como a previsão de quando os estabelecimentos vão poder voltar a funcionar.

Mais de 60 horas de incêndio

As chamas começaram na noite do último domingo (10) em um prédio de dez andares na Rua Comandante Abdo Schahin. As causas ainda são investigadas. O fogo se alastrou para um prédio menor, além de uma loja e uma igreja – que foram destruídas.  

Dois bombeiros foram internados depois de sofrer queimaduras, mas passam bem. 

O edifício onde o fogo começou não tinha Auto de Vistoria do Corpo de Bombeiros, um documento obrigatório que atesta que um prédio segue as normas de segurança e tem os equipamentos de proteção e combate a incêndios - como alarmes, extintores, hidrantes e saídas de emergência. O incêndio foi extinto depois de mais de 60 horas de trabalho.

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