Empresas são apontadas como ligadas ao PCC
Reprodução/Brasil Urgente
O presidente da Câmara Municipal de São Paulo, vereador Milton Leite, do União Brasil, e o deputado federal Jilmar Tatto, do PT, são incluídos como testemunhas na investigação do Ministério Público que apura a ligação de empresas de ônibus com o PCC.
As companhias Transwoff e UPBus, que administravam linhas da capital paulista, são suspeitas de terem sido usadas para lavagem de dinheiro do crime organizado.
A Operação Fim de Linha foi deflagrada na última terça-feira e prendeu quatro pessoas. Após a investigação, a Prefeitura de São Paulo assumiu as viagens dessas empresas.
Procurados pela Rádio BandNews FM, o vereador Milton Leite e o deputado Jilmar Tatto disseram que ainda não foram notificados, mas que estão à disposição das autoridades.
Relação de mais de 20 anos do PCC com o transporte
- Segundo as investigações, o crime organizado atua com companhias da área desde o início dos anos 2000.
- À época, facções notaram que micro-ônibus e cooperativas de vans de transporte clandestino representavam possibilidade de lucro e lavagem de dinheiro.
- As empresas cresceram e entraram em contratos firmados com a Prefeitura de São Paulo.
- "Desde a primeira greve de ônibus, nos anos 2000, quando a Prefeitura contratou perueiros para subsituir os ônibus, o crime organizado entendeu que havia um bom negócio", explica Gakiya.
- Recentemente, uma operação policial de 2022 identificou três empresas vinculadas ao PCC. Além da Transwollf e da Up Bus, na mira da ação desta terça-feira, a Transunião também foi alvo.
- A investigação também revelou a corrupção no Sindicato dos Motoristas, movimentando cifras milionárias em propinas desviadas de subsídios públicos.
- Mecânicos, borracheiros, cozinheiras e trabalhadoras do lar foram usadas como "laranjas".
- Apontados como acionistas da UPBus, eles não teriam condições de fazer aportes financeiros na empresa, cujo capital social era de R$ 20 milhões.