Desemprego cresce em 15 estados e no DF no primeiro trimestre de 2023, diz IBGE

Média nacional mostra alta no desemprego em comparação ao 4º trimestre de 2022, mas IBGE destaca recuo na taxa em relação ao mesmo período do ano passado

Da redação

Desemprego cresce em 15 estados e no DF no primeiro trimestre de 2023, diz IBGE
Desemprego sobe no primeiro trimestre de 2023
Marcello Casal/Agência Brasil

A taxa de desemprego subiu no primeiro trimestre de 2023, diz dados divulgados pelo instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), nesta quinta-feira (18). No período avaliado, o resultado foi de 8,8%, alta de 0,9 ponto percentual (p.p.) em comparação com o quarto trimestre de 2022 (7,9%).

Já em comparação ao mesmo período de 2022 (11,1%), o resultado deste ano caiu 2,4 p.p. Em relação ao trimestre anterior, a taxa de desocupação aumentou em 16 das 27 unidades federativas. Outras 11 ficaram estáveis.

As maiores taxas de desocupação foram da Bahia (14,4%), Pernambuco (14,1%) e Amapá (12,2%). Os menores indicadores foram em Rondônia (3,2%), Santa Catarina (3,8%) e Mato Grosso (4,5%).

Mulheres e negros estão mais desempregados

A taxa de desemprego por sexo foi de 7,2% para os homens e de 10,8% para as mulheres. Já a taxa de desocupação por cor ou raça ficou abaixo da média nacional (8,8%) para os brancos (6,8%) e acima para os pretos (11,3%) e pardos (10,1%).

A taxa de desocupação para as pessoas com ensino médio incompleto (15,2%) foi maior que as dos demais níveis de instrução analisados. Para as pessoas com nível superior incompleto, a taxa foi de 9,2%, mais que o dobro da verificada para o nível superior completo (4,5%).

Subutilização da força

No terceiro trimestre de 2022, a taxa composta de subutilização da força de trabalho (percentual de pessoas desocupadas, subocupadas por insuficiência de horas trabalhadas e na força de trabalho potencial em relação à força de trabalho ampliada) foi de 18,9%. 

Piauí (39,6%) teve a maior taxa subutilização da força de trabalho, seguido por Sergipe (33,4%) e Bahia (32,9%). As menores taxas de subutilização ficaram com Santa Catarina (6,4%), Rondônia (6,7%) e Mato Grosso (9,4%). 

No primeiro trimestre de 2023, havia 2,2 milhões de pessoas que procuravam trabalho durante dois anos ou mais. Esse contingente se reduziu em 35,3% frente ao último trimestre de 2022, quando 3,5 milhões de pessoas buscavam trabalho por dois anos ou mais.

Desalentados

O percentual de desalentados (frente à população na força de trabalho ou desalentada) no primeiro tri de 2023 foi de 3,5%. Maranhão (14,3%), Alagoas (13,4%) e Piauí (13,0%) tinham os maiores percentuais de desalentados enquanto os menores estavam em Santa Catarina (0,3%), Rondônia (0,6%) e Mato Grosso do Sul (0,7%). 

Carteira assinada e informalidade

O percentual de empregados com carteira assinada no setor privado foi de 74,1%. Os maiores percentuais desses funcionários estavam em Santa Catarina (88,2%), Rio Grande do Sul (82,2%) e São Paulo (81,1%). Os menores, no Maranhão (50,8%), Pará (51,2%) e Piauí (51,7%).

O percentual da população ocupada do país trabalhando?por conta própria?foi de 25,8%. Os maiores percentuais eram de Rondônia (37,3%), Amazonas (32,5%) e Amapá (32,3%) e os menores, do Distrito Federal (20,7%), Tocantins (21,3%) e Mato Grosso do Sul (22,3%).

A taxa de informalidade para o Brasil foi de 39,0% da população ocupada. As maiores taxas ficaram com Pará (59,6%), Amazonas (57,2%) e Maranhão (56,5%) e as menores, com Santa Catarina (26,1%), Distrito Federal (30,3%) e São Paulo (30,6%).

Rendimentos

O rendimento médio real mensal habitual foi de R$ 2.880, ficando estável frente ao quarto trimestre de 2022 (R$ 2.861) e crescendo ante o mesmo trimestre de 2022 (R$ 2.682). No trimestre, todas as regiões apresentaram estabilidade, com exceção do Nordeste (R$ 1.979), onde houve aumento. Na comparação anual, houve expansão em todas as regiões. 

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