Apesar de todo o estado de São Paulo estar na fase vermelha, a mais restrita, há 4 entre os 17 departamentos regionais da saúde do estado com índices de ocupação de leitos de UTI ainda considerados “confortáveis”. As informações são da Ana Paula Rodrigues, da Rádio Bandeirantes.
São eles a região da Baixada Santista, que engloba 9 cidades e tem média entre elas de ocupação de 56% de leitos de UTI; as 22 cidades da região de Franca estão na média de 64% de ocupação;
As 15 cidades na área de Registro, com índice de 51% e Taubaté, que tem no seu distrito 38 cidades e total de 61% de leitos de UTI ocupados de todas elas. Uma situação bem diferente da média do estado, que chegou a 80% no começo desta semana.
Alexandre Ferreira, prefeito de Franca, afirma que houve a ampliação do rastreamento de casos na cidade.
“Nós conseguimos determinar onde foram os locais prováveis em que ele entrou em contato com Covid e começa a ter uma interferência no funcionamento desses locais, não só fechando, mas melhorando o sistema de controle e o protocolo sanitário seguro. Nós estamos ligando para as pessoas que estão positivas e mantendo-os em casa oferecendo atestado para ele a família ficarem em casa por 10 dias”, contou Ferreira.
Na Baixada Santista, o índice seria suficiente para colocar as cidades do litoral sul de SP na fase amarela do plano de flexibilização.
O prefeito de Santos Rogério Santos destaca a ampla rede hospitalar da região e afirma que, mesmo assim, vai seguir os protocolos da fase vermelha.
“Temos que pensar na totalidade do estado. Se regiões vizinhas à nossa estão no vermelho é um fator de tempo para que a nossa região venha para o vermelho também. A Baixada Santista tem a menor taxa de ocupação e isso está ligado ao fato de termos um dos melhores indicadores leitos por 100 mil habitantes”, disse.
O coordenador do centro de contingência do Coronavírus em São Paulo tem uma opinião que vai nesse mesmo sentido.
Paulo Menezes afirma que ações individuais dos prefeitos dessas regiões, embora tenham sido de sucesso para evitar o colapso da rede de saúde agora, podem não ser eficientes se as normas de contenção de circulação forem descumpridas.
“Essas regiões estão abaixo da média do estado de São Paulo por vários fatores, incluindo boa gestão dos prefeitos da região, menor circulação de pessoas e também por mobilidade distinta entre as regiões. O importante é que elas também estão vulneráveis a poder ter um aumento rápido de casos e internações e ter seus leitos ocupados em um espaço de tempo curto”, afirmou.