Dinamarca corta número de diplomatas russos atuando no país

Ministério das Relações Exteriores dinamarquês acusou a Rússia de tentar infiltrar agentes do serviço secreto no país e deu a Moscou prazo até o final de setembro para cortar postos na embaixada em Copenhague.

Por Deutsche Welle

Após uma sequência mal-sucedida de negociações de vistos para o envio de diplomatas a Moscou, o Ministério das Relações Exteriores da Dinamarca anunciou nesta sexta-feira (01/09) que deu à embaixada russa em Copenhague prazo até o dia 29 de setembro para cortar postos diplomáticos, reduzindo-os a um número equivalente ao de funcionários dinamarqueses atuando na capital russa.

Em comunicado, o ministério informou que as negociações não prosperaram porque a Rússia teria "repetidamente tentado incluir pedidos de vistos para agentes de inteligência russos" e que, por uma questão de reciprocidade, a embaixada russa em Copenhague não poderá ter mais do que cinco diplomatas e 20 assistentes técnicos e administrativos.

Kremlin critica ordem

O anúncio veio no mesmo dia em que um jornal dinamarquês noticiou que uma pessoa membro da agência de inteligência militar russa GRU atuava como diplomata em Copenhague desde fevereiro deste ano.

Em abril de 2022, a Dinamarca já havia reagido à invasão da Ucrânia pela Rússia expulsando 15 diplomatas do Kremlin. Em retaliação, Moscou declarou sete funcionários da embaixada dinamarquesa como 'persona non grata'.

Horas depois do anúncio da Dinamarca, o Kremlin criticou o pedido de cortes de pessoal, alegando ser "uma expressão da atitude hostil" do país europeu, afirmou o Ministério das Relações Exteriores.

ra/le (AP, Reuters, ots)

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