Diretor do FNDE nega conhecer pastores citados em escândalo no MEC

Em áudio vazado, o então ministro Milton Ribeiro admitiu priorizar prefeituras intermediadas por dois pastores

Da redação com Agência Brasil

Gabriel Vilar disse que não conhece pastores citados em escândalo Pedro França/Agência Brasil
Gabriel Vilar disse que não conhece pastores citados em escândalo
Pedro França/Agência Brasil

Em depoimento a senadores que compõem a Comissão de Educação no Senado, nesta quarta-feira (11), Gabriel Vilar, diretor de Gestão, Articulação e Projetos Educacionais do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), negou conhecer os pastores suspeitos de pedirem propina a prefeitos em troca de repasses do Ministério da Educação (MEC).

Sobre os pastores Gilmar Santos e Arilton Moura, Vilar explicou que a autarquia coopera com a investigação da Controladoria-Geral da União (CGU). Em áudio vazado, o então ministro Milton Ribeiro (Educação) admitiu priorizar prefeitos que chegam até ele por meio dos respectivos líderes religiosos.

Outro questionamento feito a Vilar tem a ver com a atuação de Darwin Einstein Lima, acusado de conflito de interesse por ter sido, enquanto era sócio de uma empresa executora com recursos do fundo, consultor do FNDE. O depoente, então, disse que não tem como a vida privada dos consultores, pois a diretoria possui 72.

Vilar admitiu que foi vizinho de Darwin, mas atribuiu o fato a uma coincidência. O gestor acrescentou que o consultor não presta mais serviço ao FNDE, em razão do fim do contrato temporário dele.

Próximos passos

Nas próximas reuniões, senadores do colegiado querem ouvir o atual ministro da Educação, Victor Godoy Veiga, ex-ecretário-executivo da pasta na gestão de Milton Ribeiro. O colegiado, inclusive, já aprovou o convite dele.

Godoy falou sobre o assunto nesta quarta-feira (11), em audiência conjunta das Comissões de Educação e Fiscalização e Controle da Câmara dos Deputados.

Outra autoridade que deve ser chamada a dar explicações é o ministro da CGU, Wagner de Campos Rosário. Senadores querem que ele esclareça a atuação do órgão de controle em relação às denúncias.

Ainda há divergências entre parlamentares da base governista e de oposição sobre se a ida dele ao Senado deve ser feita por convocação, que implica em comparecimento obrigatório, ou por convite, cuja participação é facultativa.

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