O general da reserva Carlos Alberto Santos Cruz, ex-ministro da gestão do presidente Jair Bolsonaro, elogiou nesta sexta-feira (7), em entrevista à Rádio Bandeirantes, as diretrizes divulgadas pelo Comando do Exército no combate à Covid-19. Segundo ele, trata-se apenas de um procedimento para “benefício do melhor funcionamento” da instituição e não uma afronta ao governo federal.
O documento, lançado ontem (6), indica que os militares devem se vacinar para o retorno ao trabalho presencial, precisam usar máscara e estão proibidos de espalhar “fake news” sobre a pandemia do coronavírus.
“Não creio que foi para confrontar (…). Vejo uma politização desnecessária. O comandante, sem dúvida, emitiu a diretriz tendo em vista a melhor prática administrativa e operacional. O Exército não faz política de governo", afirmou Santos Cruz.
“As recomendações são da responsabilidade do comandante. Ele é um militar com quase 50 anos de serviço, responsável. A pandemia precisa de protocolos, padrões de procedimento, e ele emitiu a diretriz. Isso é importante. Fez um documento baseado nas próprias diretrizes do Ministério da Saúde, do Ministério da Defesa, do Ministério da Economia", completou.
Santos Cruz ainda declarou que, durante seu tempo de atuação no Exército, nunca houve uma politização relevante acerca da aplicação de vacinas e destacou que eventuais integrantes da instituição que não se imunizaram por questões ideológicas representam “uma minoria”.
“Sempre vacinamos e nunca houve discussão. Entrávamos na fila e tomávamos a vacina. Levei uma vida saudável tomando todas as vacinas que o Exército mandou. O militar tem que confiar no serviço de saúde, tem que confiar no comandante.”
“Agora, essa discussão toda [na sociedade] influencia. Coisas sem cabimento, absurdas até, acabam influenciando um ou outro [militar]. Mas é uma minoria. Como instituição, o Exército está muito bem orientado."