Donald Trump toma posse como presidente: 'Era de Ouro da América começa agora'

Presidente prometeu criar uma nação orgulhosa, próspera e livre, protegendo a economia e nutrir a confiança do povo norte-americano

Em um discurso enfático e com promessas de retomar o sonho americano, Donald Trump tomou posse como 47º presidente dos Estados Unidos. Em cerimônia na Rotunda do Capitólio nesta segunda-feira (20), o republicano prestou juramento e discursou sobre como irá criar uma "nação orgulhosa, próspera e livre", protegendo o povo norte-americano. 

Trump afirmou que irá lutar e vencer pelo povo americano. "Seremos a inveja de todas as nações e não iremos nos permitir os países a terem vantagem sobre nós. Em todos os dias da administração Trump, eu irei simplesmente colocar a América em primeiro lugar", afirmou. 

A prioridade do governo, segundo Trump, é criar uma nação orgulhosa, próspera e livre. "Eu voltei para a presidência otimista que estamos entrando na era de sucesso nacional, mudando o país e a América tem a chance de colher essa oportunidade como nunca", disse. 

No discurso, Trump fez críticas à gestão de Joe Biden. "O governo enfrenta agora uma crise de confiança por muitos anos de establishment errático e corrupto, que tiraram o poder e força da população e deixando a sociedade em completo desespero", pontuou e disse: 

"Falha ao não proteger os americanos, mas protegendo criminosos perigosos que entraram legalmente vindos de todo mundo. Temos um país que dá fundos para fronteiras de todo mundo, mas se recusa a defender fronteiras americanas, ou melhor, o próprio povo". 

Donald Trump citou no discurso que irá reverter todo o governo Biden e irá restaurar a capacidade do governo norte-americano. Ele fez um aceno às comunidades latinas e negras, que votaram em peso no republicano em 2024. 

"Hoje é dia de Martin Luther King Jr. E em sua homenagem, vamos fazer seu sonho realidade. Não vamos esquecer nosso país, nossa constituição e o nosso país", discursou. 

Na fala, Trump afirmou que irá assinar nesta segunda-feira (20) uma série de ordens para restaurar a América. Dentre elas, declarar emergência nacional na fronteira com o México, deter toda e qualquer entrada ilegal e devolver "os criminosos para o lugar de onde vieram". 

Ele prometeu eliminar a presença de gangues e redes criminosas em solo americano. "Vamos também designar os cartéis como organizações terroristas", anunciou. 

Sobre a economia, Trump prometeu enfrentar a inflação e baixar os custos para americanos. " A crise de inflação foi causada pelo gasto e é por isso vou declarar uma emergência nacional de energia", disse. Ele afirmou que irá investir na produção de petróleo e gás, além de revogar a "ditadura de carros elétricos salvando a indústria automobilística". 

Trump também afirmou que irá taxar países e enriquecer os Estados Unidos. Além disso, irá mudar o nome do Golfo do México para Golfo da América, além de tomar o Canal do Panamá de volta. No discurso, o presidente também prometeu plantar as listras e estrelas da bandeira norte-americana em Marte, fazendo um aceno à corrida espacial. 

Trump diz que mudará nome do Golfo do México

Trump disse em seu discurso que assinará uma ordem executiva na qual mudará o nome do Golfo do México para Golfo da América.

“Os Estados Unidos recuperará seu lugar como o país mais respeitado do mundo. Logo mais, mudaremos o nome do Golfo do México para o Golfo da América”, afirmou.

Além disso, ele também mudará o nome de uma montanha no estado do Alaska. Atualmente, o monte se chama Denali, um título que foi usado por anos pela comunidade nativa e que foi restaurado por Barack Obama em 2015.

“Vamos retomar o Canal do Panamá”

O presidente dos Estados Unidos também voltei a falar sobre seu plano de retomar o controle do Canal do Panamá.

“Nós fomos muito maltratados por este presente tolo que nunca deveríamos ter dado e a promessa do Panamá para nós foi quebrada. O propósito de nosso acordo e o espírito do nosso tratado foi totalmente violado. Navios norte-americanos estão sendo supercobrados e não estão sendo tratados de forma justa. A China está operando o Canal do Panamá e nós não o demos para a China. Nós o demos para o Panamá e vamos retomá-lo”, ressaltou.

Trump promete ser um presidente de “paz”

Apesar de seus comentários a respeito do Canal do Panamá, Trump prometeu ser um presidente que promoverá a paz e evitará o surgimento de novas guerras.

“Nós mediremos nosso sucesso não apenas que batalhas que ganharmos, mas também pelas guerras com as quais terminarmos. E talvez, mais importantes ainda, serão as guerras nas quais nunca nos envolveremos. Meu legado de maior orgulho será de promover a paz e unificar”, enfatizou.

Tarifas para produtos estrangeiros

O presidente dos Estados Unidos também voltou a falar sobre tarifas e reafirmou que as imporá sobre produtos que venham de outros países como uma forma de “enriquecer” o país. 

“Eu começarei imediatamente uma transformação de nosso sistema de comércio para proteger trabalhadores e famílias. Ao invés de taxar nossos cidadãos e enriquecer outros países, vamos tarifar e taxar países estrangeiros para enriquecer nossos cidadãos. O sonho americano logo voltará e fará sucesso como nunca antes”, disse.

Linha-dura contra a imigração

Trump ainda destacou que assinará uma série de medidas executivas que terão o objetivo de barrar a imigração aos Estados Unidos. O presidente destacou, por exemplo, que declarará emergência nacional na fronteira do país com o México.

“Todas as entradas ilegais serão imediatamente interrompidas e nós iniciaremos o processo de retornar milhões de criminosos estrangeiros de volta para os lugares de onde vieram. Com as ordens que assinei hoje, classificaremos cartéis como organizações terroristas e sob o ato dos Inimigos Estrangeiros de 1789, eu direcionarei nosso governo a usar o imenso poder das forças de lei federais e estatais”, afirmou.

Trump anuncia ações contra “censura”

Donald Trump ainda falou que tomará atitudes contra o que classificou como censura e anunciou que encerrará ações voltadas para inclusão e diversidade.

“Vou assinar uma ordem executiva para parar todas as iniciativas de censura e trazer de volta a liberdade de expressão para os Estados Unidos. Essa semana, eu também vou encerrar a política do governo de tentar colocar raça e gênero em todos os aspectos da vida pública e privada”, disse.

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