Lily Safra, viúva de Edmond Safra e considerada uma das mulheres mais ricas do mundo, morreu neste sábado (9) em Genebra, na Suíça. Ela tinha 87 anos. A causa da morte não foi divulgada.
Lily tinha fortuna estimada em 1 bilhão de francos suíços (R$ 5 bilhões). Ela foi casada por 23 anos com Edmond, um dos controladores do Banco Safra, que morreu em 1999 vítima de um incêndio criminoso em seu apartamento em Montecarlo. Lily sobreviveu ao incêndio. O enfermeiro de Edmond foi preso e confessou que queria simular um incêndio e salvar o casal para sair como herói, mas as coisas saíram de controle.
Antes, a filantropa e socialite brasileira foi casada com o milionário argentino Mario Cohen, com quem teve três filhos, e com Alfredo Monteverde, dono da rede Ponto Frio, com quem teve três filhos. Cohen morreu em um acidente de carro com um dos filhos que teve com Lily, e Monteverde cometeu suicídio.
Ela realizou várias atividades filantrópicas nas últimas décadas. Em 2005, fundou o Instituto Edmond e Lily Safra, um importante centro de pesquisa sobre o cérebro. Também foi presidente da Fundação Filantrópica Edmond J. Safra, que dá suporte a centenas de projetos de educação, ciência e medicina, religião, cultura e de assistência humanitária, em mais de 50 países.
Em 2019, doou cerca de US$ 88 milhões para a reconstrução da Catedral de Notre-Dame de Paris, destruída em um incêndio.
No site da fundação, o texto sobre a biografia de Lily Safra diz: “A Sra. Lily Safra compartilhou seu compromisso de cuidar dos menos afortunados com seu marido, Sr. Edmond J. Safra, um dos banqueiros mais talentosos do século XX e fundador da Fundação Filantrópica Edmond J. Safra. Desde 1999, ela preside a Fundação, que apoia projetos relacionados à educação, ciência e medicina, religião, cultura e ajuda humanitária em mais de 40 países”.
"A Sra. Safra também financiou vários esforços em todo o mundo ajudando professores a transmitir as lições do Holocausto e os valores de tolerância e coragem para seus alunos, comentando: “É somente através da educação que podemos esperar evitar que as gerações futuras repitam as tragédias do passado.”
Foi esse sentimento que levou a uma venda recorde de joias de sua coleção pessoal que arrecadou quase US$ 38 milhões, distribuídos para 32 organizações de caridade. Isso incluiu um preço recorde mundial para um rubi vendido em leilão, consequentemente renomeado como 'Hope Ruby'. Na conclusão das “Jóias da Esperança”, a Sra. Safra disse: “Estou muito feliz, sabendo que tantas pessoas ao redor do mundo serão beneficiadas”.