Em ação pelo clima, idosas de mais de 80 anos atacam Magna Carta no Reino Unido

Cópia do documento histórico mantida na Biblioteca Britânica em Londres ficou intacta

Por Deutsche Welle

Idosas de mais de 80 anos atacam Magna Carta no Reino Unido Reprodução
Idosas de mais de 80 anos atacam Magna Carta no Reino Unido
Reprodução

Duas ativistas climáticas na faixa dos 80 anos atacaram nesta sexta-feira (10/05), munidas de martelo e uma espécie de cinzel, a caixa de vidro que encerra uma cópia da Magna Carta na Biblioteca Britânica de Londres.

O histórico documento, de 1215, é considerado a base das liberdades inglesas e reverenciado como um dos mais importantes do mundo por ser um precursor essencial da democracia moderna, da Justiça e do Estado de Direito. Foi o primeiro texto a definir que o rei e seu governo não estavam acima da lei.

A ação das duas idosas durou poucos segundos, e elas logo foram interceptadas por funcionários da biblioteca. O vidro foi levemente danificado, mas o documento permaneceu intacto.

A sacerdotisa anglicana Sue Parfitt, de 82 anos, e a professora aposentada Judy Bruce, de 85 anos, martelaram a caixa de vidro e depois se colaram a ela, segundo o grupo ambiental Just Stop Oil.

Elas também seguravam um cartaz que dizia: "O governo está quebrando a lei."

O que dizem as ativistas

A dupla milita na Just Stop Oil, organização contrária à dependência dos combustíveis fósseis e que promove ações de conscientização sobre o meio ambiente. O grupo de ação climática tem mirado vários eventos e artefatos de destaque no Reino Unido.

Em um comunicado divulgado pelo grupo, Parfitt disse que a Magna Carta é "justamente reverenciada, sendo de grande importância para nossa história, para nossas liberdades e para nossas leis". Mas, segundo ela, não haveria "liberdade, nem legalidade, nem direitos, se permitirmos que a crise climática" vire catástrofe.

A Polícia Metropolitana de Londres afirma ter prendido as duas idosas. A Galeria de Tesouros, onde o objeto está em exibição, foi temporariamente fechada.

ra (AFP, AP)

Tópicos relacionados

Mais notícias

Carregar mais