Um grupo de empresários e a Ceagesp divergem sobre uma proposta que pretende reaproveitar legumes, verduras e frutas visualmente imperfeitos. Muitos desses alimentos acabam descartados, mas poderiam ser transformados, por exemplo, em sopas e vitaminas para o consumo humano. As informações são de Gabrielle Guimarães, da Rádio Bandeirantes.
Atualmente, segundo a própria companhia de entrepostos, aproximadamente 150 toneladas de alimentos vão para o lixo todos os dias.
Pensando nisso, cerca de 800 empresários paulistas procuraram o senador Giordano (PSL-SP) para sugerir a iniciativa solidária, que acabou virando o projeto “Bolsa Sopão”.
O parlamentar, que era suplente de Major Olímpio e foi empossado no cargo em março após a morte do senador por covid-19, levou o projeto ao presidente Jair Bolsonaro, já que a Ceagesp está diretamente ligada ao governo federal.
Segundo Giordano, o presidente deu o aval para o andamento da proposta. O senador garante que os possíveis gastos com o preparo dos alimentos e as embalagens seriam pagos pelos empresários.
Mas o “Bolsa Sopão” acabou rejeitado pelo diretor-presidente da Ceagesp, coronel Melo de Araújo.
Em entrevista à Rádio Bandeirantes, o coronel explicou que o impasse não tem relação com a companhia. De acordo com Melo de Araújo, a proposta esbarra nos permissionários que atuam no local.
Enquanto a situação não se resolve, Melo de Araújo recomenda que o grupo negocie o aluguel de um espaço para a cozinha dentro da Ceagesp, através de concorrência.
Após o acordo, o diretor-presidente da companhia se comprometeu em mediar um acordo com os permissionários para tentar colocar o projeto em prática.