O Grupo de Mídia da China, em parceria com o Núcleo de Pesquisa Brasil-China da Fundação Vargas (FGV) e com a Revista Fórum, organizou uma mesa redonda especial com o tema "A Nova Jornada da China e o Mundo” nesta quarta-feira (26) no prédio da FGV, no Rio de Janeiro. O evento teve por objetivo discutir a nova jornada do país asiático, abordar as perspectivas de crescimento nas relações Brasil-China e compreender o que esperar dos objetivos de Pequim nos próximos anos depois do 20º Congresso Nacional do Partido Comunista.
Cerca de 30 especialistas de think tanks chinesas e brasileiras, acadêmicos de universidades e da grande mídia, discutiram três grandes temas: “A China na Nova Jornada”, “Relações Brasil-China na Nova Jornada Chinesa” e “Cooperação Cultural por Meio da Mídia”.
Na abertura, o evento contou com a participação da Cônsul Geral da China no Rio de Janeiro, Tian Min, do coordenador do Núcleo de Pesquisas Brasil-China, Evandro Carvalho, e do diretor do Grupo de Mídia da China (CMG, em inglês), Zhu Boying.
A cônsul-geral da China no Rio de Janeiro, Tian Min, destacou os avanços do país asiático nas últimas décadas e os objetivos da nação nos próximos anos. “O rápido desenvolvimento geral da China nas últimas décadas provou plenamente que seu modelo de democracia está em sintonia com suas condições nacionais e conta com o apoio popular”, ressaltou Tian Min.
Segundo a cônsul, o país seguirá desenvolvendo a democracia popular de processo integral, com o aperfeiçoamento do arcabouço institucional que garante o povo como dono do país. Ela também ressaltou que China e Brasil são as maiores nações em desenvolvimento no hemisfério Ocidental e Oriental.
O coordenador do Núcleo de Pesquisas Brasil-China, Evandro Carvalho, ressaltou os pontos principais do 20º Congresso Nacional do Partido Comunista da China. Evandro destacou que o Congresso é um dos eventos políticos mais importantes do mundo. Além disso, o professor da FGV salientou a importância do desenvolvimento do grupo do BRICS (Brasil, Rússia, China, Índia e África do Sul) e uma compreensão da China sem estereótipos.
“É fundamental que tenhamos uma compreensão da China para além daquelas lugares comuns e para além das visões estereotipadas, para que consigamos, inclusive, uma política externa brasileira que esteja mais consentânea da potencialidade dessa relação”, disse.
O diretor do Grupo de Mídia da Chinia, Zhu Boying, discursou sobre os 48 anos das relações diplomáticas, o relacionamento sino-brasileiro e a parceria econômica-comercial entre as duas nações. Além disso, apontou aspectos de possibilidade de desenvolvimento cutural por meio da mídia. “O intercâmbio cultural é a forma mais efetiva de promover o contato interpessoal, enquanto a mídia é vetor e plataforma eficaz para a difusão cultural”. disse.
A mesa "A China na Nova Jornada" teve a presença do professor da Faculdade de Ciências Econômicas da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ), Elias Jabbour; do diretor-executivo do Centro de Estudos Brasileiros da Academia Chinesa de Ciências Sociais, Zhou Zhiwei; do diretor do Centro China-Brasil, Ronnie Lins; e do diretor do Centro de Tecnologia e Sociedade e do CyberBRICS, Luca Belli.
Sobre o tema "Relações Brasil-China na Nova Jornada Chinesa" participaram o sub-diretor da Seção de Estudos Latino-americanos do Instituto de Relações Internacionais Contemporâneas da China, Sun Yanfeng; o professor de Relações Internacionais da Universidade do Estado de São Paulo (Unesp), Marcos Pires; e do professor de Políticas Públicas e Gestão da Universidade de Tsinghua e ex-Ministro de Turismo do Brasil, Alessandro Teixeira.
Também estiveram presentes, para falar sobre Cooperação Cultural por Meio da Mídia, o diretor de redação da Revista Fórum, Renato Rovai; e o apresentador e jornalista do Grupo Bandeirantes de Comunicação, Eduardo Castro. Por meio de vídeo, participaram a jornalista da coluna China em Foco na Revista Fórum, Iara Vidal; e o pesquisador de cinema chinês e cofundador da Observa China, Paulo Menechelli.
O jornalista do Grupo Bandeirantes, Eduardo Castro, ressaltou a importância das coberturas jornalísticas abordarem a China, como é o caso do Grupo Bandeirantes. Segundo ele, a presença da China se dá pelos principais telejornais do canal e por meio de parcerias entre o Grupo de Mídia da China e a Band, como é o caso do “Mundo China”.
Os participantes discursaram sobre o 20º Congresso Nacional do Partido Comunista da China e expressaram suas opiniões sobre a nova jornada da China e do Brasil para promover conjuntamente a construção de uma comunidade de futuro compartilhado. O evento também foi uma oportunidade para destacar o desenvolvimento de uma parceria estratégica abrangente entre os dois países e o aprofundamento do intercâmbio e da cooperação com a mídia.