Notícias

Presidente do PDT critica reforma trabalhista e diz que revogação é prioridade

Para Carlos Lupi, reforma aprovada em 2017 não está gerando empregos

Da redação, com Rádio Bandeirantes

O presidente do PDT, Carlos Lupi, criticou nesta quarta-feira (12) a reforma trabalhista instituída no Brasil em 2017, cujas medidas seguem vigentes.

Em entrevista à Rádio Bandeirantes, Lupi afirmou que o partido deverá priorizar a revogação da reforma caso vença a eleição presidencial de 2022. A sigla tem Ciro Gomes como pré-candidato.

“Nós estamos perto de 14%,15% de desemprego. Se fosse a ‘solução’ essa reforma, essa flexibilização, por que não está gerando emprego? Esse é o grande desafio. Nós temos falado (...) que a revogação é prioridade do governo do PDT, do governo trabalhista, com a nossa origem. Nos, trabalhistas, é que criamos a CLT”, afirmou.

Ministro do Trabalho e Emprego entre março de 2007 e dezembro de 2011, nos governos dos ex-presidentes Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Dilma Rousseff (PT), Lupi defendeu sindicatos “fortes” e “transparentes”. As entidades perderam força na reforma, uma vez que a contribuição sindical deixou de ser obrigatória e passou a ser opcional.

A reforma ainda instituiu o trabalho intermitente, no qual o trabalhador recebe por horas ou dias de atividade sob contrato, podendo atuar com outros contratantes, e deu força à terceirização, impedindo que empresas demitam funcionários CLT para que sejam contratados como terceirizados antes de 18 meses.

Lupi viu nas medidas da reforma um enfraquecimento da Carteira de Trabalho e Previdência Social, defendida por ele. Para ele, a CLT é a melhor alternativa para diminuir a desigualdade socioeconômica.

“Eu fui ministro do Trabalho por cinco anos, não foram cinco dias. Eu saí em 2011 do Ministério do Trabalho com o mais baixo índice de desemprego da história da Republica, 4%, e 12,5 milhões de empregos gerados com carteira de trabalho e todos os direitos durante esses cinco anos de gestão, de administração. Eu tenho conhecimento de causa para afirmar que não existe na humanidade um sistema mais eficiente, mais competente, de distribuição de renda, que um emprego com carteira assinada”, argumentou.

O cenário das pesquisas eleitorais até aqui, no entanto, é pouco favorável ao PDT. No levantamento realizado pela Quaest Consultoria e divulgado nesta quarta-feira (12), Ciro Gomes aparece com 5% das intenções de votos na disputa pela presidência da República.

Lula lidera a pesquisa, com 45%, enquanto o presidente Jair Bolsonaro (PL) tem 23%. Os números, porém, não incomodam Carlos Lupi.

“O processo de pesquisa eleitoral é um pouco a fotografia de cada momento. A cada momento nós temos uma realidade”, analisou.

“Acho que isso ainda não chegou na base da sociedade. Quem já foi presidente, como o ex-presidente Lula, ou quem está na máquina, no caso o Bolsonaro, tem alguma vantagem, porque são os nomes mais conhecidos e mais lembrados”, acrescentou.

Tópicos relacionados

Mais notícias

Carregar mais