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Bolsonaro agrega muito ao PL como PL agrega muito ao presidente, diz senador

Para Carlos Portinho, chegada do presidente em 2021 reforçou caráter plural da sigla

Da redação, com Rádio Bandeirantes

O PL não vê riscos na filiação do presidente Jair Bolsonaro ao partido. A avaliação foi feita pelo senador Carlos Portinho (PL-RJ), em entrevista nesta quinta-feira (13) à Rádio Bandeirantes.

Para Portinho, o partido já era parte da base de apoio do governo Bolsonaro “desde o início”. E os dois lados podem colaborar entre si com a filiação.

“O PL é base do governo Bolsonaro desde o início, por isso acredito que há uma identidade entre o partido e o presidente. O presidente agrega muito ao PL como o PL agrega muito ao presidente, junto com a composição de outros partidos que formam o bloco de apoio, como PP, como Republicanos”, afirmou.

“A gente fala de forma pejorativa do Centrão, mas um partido de centro é um partido plural, que admite o debate interno, de ideias opostas e que consegue conviver com essas diferenças. Talvez por isso o presidente tenha encontrado no PL um partido que o tenha recebido muito bem e que possa construir junto”, completou.

Bolsonaro se filiou à sigla em novembro, após dois anos sem partido. Antes, passou por PDC (1989 a 1993), PP (1993 e 2005 a 2016), PPR (1993 a 1995), PPB (1995 a 2003), PTV (2003 a 2005), PFL (2005), PSC (2016 a 2018) e PSL (2018 a 2019). Entre 2019 e 2021, ficou sem partido.

Segundo Carlos Portinho, o PL é uma sigla com um amplo espectro de debates internos. “O PL é um partido plural, reúne diversos políticos de diversas correntes ideológicas, e a gente deve aprender a conviver com as diferenças”, afirmou, o senador, que chegou ao partido em 2020 após deixar o PSD.

Ano eleitoral

Durante a semana, Bolsonaro disse que deverá enfrentar dificuldades para promover avanços em reformas, já que 2022 é um ano eleitoral. Para Carlos Portinho, a dificuldade existe, mas as questões precisam ser debatidas.

“Esse é um ano de eleição, um ano em que já é difícil aprovar grandes reformas”, admite o senador, que admite que “talvez não haja espaço político para avançar” na reforma administrativa neste ano.

Em compensação, Portinho mostra otimismo com outras reformas. “A reforma tributária é desejada por toda a população. A gente teve avanço, sim, tanto na Câmara com projeto de reforma do imposto de renda, quando no Senado, com a PEC 110, que está muito próxima de chegar a um texto final para votação. O ano eleitoral atrapalha, mas esse material pode ser usado”, alega.

A PEC 110, de 2019, altera o Sistema Tributário Nacional. Segundo a ementa, a proposta estabelece a reforma tributária, para extinguir tributos e para criar o IBS (Imposto sobre Operações com Bens e Serviços).

O ano também é importante para o PL nos estados. O partido quer colocar nomes na disputa para os governos no Rio de Janeiro e em São Paulo. No Rio, Cláudio Castro deve tentar permanecer no cargo. Em São Paulo, Tarcísio Gomes de Freitas, ministro da Infraestrutura, é o nome visado.

“Em São Paulo, o PL ainda está discutindo. O candidato mais provável ao governo do PL é o ministro Tarcísio, uma pessoa de imensa capacidade técnica e que tem ajudado muito ao Brasil e ao governo federal, com diversas iniciativas e obras”, destacou.

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