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Entulho de 3.500 anos escondia centenas de artefatos em templo do Egito

Arqueólogos encontraram objetos decorativos em uma tumba subterrânea durante trabalhos em outra área do templo em Luxor

Da redação

Arqueólogos encontraram centenas de artefatos antigos embaixo de uma pilha de entulho em uma tumba subterrânea no Templo de Hatshepsut, em Deir el-Bahari, no Vale dos Reis, no Egito. Os objetos seriam oferendas à deusa Hathor, protetora dos mortos.

Os artefatos foram achados enquanto uma equipe de arqueólogos poloneses retirava o entulho para trabalhar em uma forma de proteger o teto da tumba da pressão feita pelos trabalhos dentro da Capela de Hathor, que fica logo acima.

"Estávamos com medo que o trabalho que estávamos fazendo provocasse o desabamento sobre a tumba. Queríamos protegê-la," explicou Patryk Chudzik, líder das escavações no Templo de Hatshepsut, é um um mortuário construído durante o reinado da rainha-faraó Hatshepsut, que viveu entre 1507 e 1458 A.C..

Ao retirar o entulho de pedras para ter acesso livre ao local onde fica a tumba, eles encontraram vasos, tigelas, uma estatueta de argila de uma vaca, entre outros itens. Além de oferendas para Hathor, parte dos objetivos, acredita-se, eram artefatos deixados para decorar a tumba.

"A quantidade e a qualidade dos monumentos que encontramos são espetaculares. Eles incluem uma estatueta em madeira, que provavelmente representava a dona da tumba, com uma peruca na cabeça," disse Chudzik para o site Heritage Daily.

Os arqueólogos acreditam que muitos dos itens encontrados foram colocados ali por servos do templo para desafogar a capela que fica logo acima, e deveria ficar cheia de oferendas para a deusa Hathor.  

Mas uma questão continua sem resposta: de quem é a tumba que fica abaixo da capela de Hathor? Segundo Chudzik, é difícil de fazer a identificação porque a tumba foi alvo de ladrões no passado. 

Mas ele acredita que tratava-se de alguém importante, provavelmente o filho ou esposa de um faraó. O que se sabe é que a tumba foi construída cerca de 500 anos antes do templo, durante o reinado do faraó Mentuhotep II.

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