A Delegacia de Homicídios da Capital ouve testemunhas que possam ajudar a elucidar a morte de Alice Pamplona, de 5 anos. A criança foi atingida por uma bala perdida no pescoço, dentro de casa, no Morro do Turano, na Zona Norte do Rio de Janeiro, minutos depois da virada do ano, ainda durante comemoração de Réveillon com a família. Ouça a reportagem da BandNews FM Rio:
Os pais da criança já foram ouvidos. Mas, os depoimentos devem pouco ajudar a determinar a autoria do disparo, já que diversos tiros foram ouvidos entre o Rio Comprido e a Tijuca, na mesma região, como comemoração das festas de fim de ano. A principal hipótese é de algum traficante tenha disparado para o alto.
A Polícia Civil não informou se o projétil que atingiu Alice Pamplona foi recolhido para análise. Os casos de bala perdida são registrados todos os anos e a elucidação deles fica cada vez mais difícil, como apontam especialistas em segurança pública e peritos.
O coronel da Polícia Militar Fernando Belo cita em quais circunstâncias um disparo, como o que atingiu Alice, pode acontecer. Há menos de um mês, as primas Emily Victoria dos Santos de 4 anos e Rebeca Beatriz Rodrigues dos Santos, de 7, morreram após serem atingidas por balas perdidas enquanto brincavam na porta de casa em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense.
O perito Mauro Ricart explica como o trabalho da perícia é feito em casos de crimes envolvendo bala perdida e ressalta a dificuldade para encontrar os autores desse tipo de crime.
Alice foi a primeira vítima de bala perdida no Rio, em 2021. Um levantamento da BandNews FM aponta que sete crianças morreram vítimas do crime na mesma circunstância no estado no ano passado.
Em 2012, Adrielly dos Santos Vieira, morreu, na noite de Natal. Na época com 10 anos de idade, a menina foi atingida na cabeça, por uma bala perdida, quando atravessa a rua para mostrar um brinquedo que tinha acabado de ganhar de vizinhos.
O crime aconteceu no acesso ao Morro do Urubu, em Pilares, também na Zona Norte do Rio. A investigação apontou que criminosos favela disparavam para o alto no momento em que a criança foi atingida. Nove anos depois, nenhum suspeito foi localizado.
