As eleições de 2022 parecem distantes, mas Lula já começa a desenhar seu campo de apoio e alfineta presidenciáveis do centro. "Sou favorável e aplaudo qualquer manifesto que defenda a democracia, agora todos esses tiveram a chance de garantir a democracia votando no Haddad. Essa gente preferiu votar no Bolsonaro. Ou seja, você faz um manifesto e sequer reconhece o erro? O Ciro só foi para Paris, não votou", afirmou ele sobre documento encabeçado pelo ex-ministro da Saúde de Bolsonaro, Luiz Henrique Mandetta, e assinado por Luciano Huck, João Doria, Eduardo Leite, João Amoedo e Ciro Gomes.
Apesar da estocada, o ex-presidente admite fazer alianças com forças políticas de centro. "Se for preciso chegar no centro para ganhar as eleições, a gente vai procurar. Eu fui presidente da República, eu convivi com toda essa gente", afirmou.
Sou favorável e aplaudo qualquer manifesto que defenda a democracia, agora todos esses tiveram a chance de garantir a democracia votando no Haddad. Essa gente preferiu votar no Bolsonaro
Lula não acredita, entretanto, em um novo nome com força para vencer as eleições: "Toda vez que você fica tentando pescar em terra seca, não tem peixe. Um país desse tamanho, com essa cultura, você não inventa candidato. Se você inventar, o resultado é nefasto".
Se for preciso chegar no centro para ganhar as eleições, a gente vai procurar
Luiza Trajano vice?
Questionado sobre a possibilidade de Luiza Trajano, da rede varejista Magazine Luiza, ser a sua vice, o ex-presidente disse ser pouco provável: "Eu tive uma extraordinária relação com a Luiza Trajano quando eu fui presidente da República, a Dilma também teve uma boa relação com ela. Ela é uma mulher excepcional e eu não acredito que a Luiza Trajano se meta na política".