Pausa na guerra em Gaza, para Israel, só de bombas de quase uma tonelada, suspensas para exportação pelo presidente Joe Biden por temer seu uso contra Rafah. Essas bombas são usadas para partir ao meio porta-aviões e contratorpedeiros, embora sejam usadas para alvos em terra, com efeitos devastadores.
O carregamento suspenso continha 1.800 bombas de 907 quilos e 1.700 bombas de 227 quilos. Para Biden, elas têm um poder político importante: sinalizam ao primeiro-ministro Benjamin Netanyahu que os EUA são contra uma ofensiva geral contra Rafah, e que, se ele teimar, o boicote envolverá outros armamentos, até caças de combate.
O porta-voz da Casa Branca, John Kirby, amenizou, porém, a invasão de Israel à parte de Rafah na fronteira com o Egito, por onde entrava o contrabando de armas para o Hamas. Ele disse que a Casa Branca foi avisada da ofensiva “limitada” com antecedência.
As negociações para um cessar-fogo em Gaza e troca de reféns prosseguem no Cairo. Detalhes do que há de impasse estão vazando para a imprensa. Alguns deles: Israel quer a libertação de três reféns a cada três dias; o Hamas quer libertar três por semana.
Hamas: interrupção permanente dos combates e retirada total das forças israelenses;
Israel: cessar-fogo temporário para permitir a troca de reféns por prisioneiros palestinos, mas continuação da luta em seguida;
Hamas: corpos de reféns em troca de mulheres e crianças palestinas presas desde o 7 de outubro;
Israel: troca de mulheres e crianças reféns por mulheres e crianças palestinas presas. Não está certo ainda quanto cada refém vivo valerá em prisioneiros palestinos. Guerra que segue. Hoje no 215º dia.
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